terça-feira, 31 de março de 2015

É apenas um sopro!

"Porque entre o sim e
 o não é só um sopro,
entre o bom e o mau apenas um pensamento,
entre a vida e a morte só um leve sacudir de panos
- e a poeira do tempo, com todo o tempo que eu perdi,
tudo recobre, tudo apaga,
tudo torna tão simples e tão diferente."
Lya Luft

domingo, 29 de março de 2015

Dois tipos de pessoas...


Aprender a ver...


"Se podes olhar vê, se podes ver, repara.…
se antes de cada ato nosso,
nos puséssemos a prever todas as consequências dele,
a pensar nelas a sério,
primeiro as imediatas,
depois as prováveis,
depois as possíveis,
depois as imagináveis,
não chegaríamos sequer a mover-nos
de onde o primeiro pensamento nos tivesse feito parar."


Livro: Ensaio sobre a cegueira. José Saramago

sábado, 28 de março de 2015

Florescer, crescer...cres/ser...

"Para conjugar o verbo amar é preciso conjugar o verbo ser.
O amor é exercício de felicidade, não de poder.
Quem ama controla.
E quem controla por amor,
acaba desamando num plano mais profundo,
pois impede a pessoa amada de ser florescer, crescer, cres/Ser"...
Arthur da Távola

De que é feita a vida?

"A vida é tão maravilhosa porque também é feita de colos, de feridas que cicatrizam, de amigos que celebram ou choram junto. Feita de pessoas apaixonadas e apaixonantes, possíveis e impossíveis, pessoas que se entregam, pessoas que se privam, pessoas que machucam, pessoas que chegam pra curar; desencadeadores de poemas, de sorrisos, de lições de vida que ficarão guardadas para sempre"...

Marla de Queiroz


Mas os anos chegam...

"Nada, jamais, na verdade, substituirá o companheiro perdido.
Ninguém pode criar velhos companheiros.
Nada vale o tesouro de tantas recordações comuns,
de tantas horas más vividas juntos, de tantas desavenças,
de tantas reconciliações, de tantos impulsos afetivos.
Não se reconstroem essas amizades.
Seria inútil plantar um carvalho na esperança de ter,
em breve, o abrigo em suas folhas.
Assim vai a vida.
A principio, enriquecemos;
plantamos durante anos,
mas os anos chegam em que o tempo destrói esse trabalho,
arranca essas árvores.
Um a um, os companheiros nos retiram sua sombra.
E aos nossos lutos mistura-se então
a mágoa secreta de envelhecer."

Antonie de Saint Exupéry


Futuros amantes.........Chico Buarque


sexta-feira, 27 de março de 2015

Silêncio...

Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar,mergulho em profundo silêncio - e eis que a verdade se me revela.

Albert Einstein

Aquietando o coração...

Às vezes é preciso diminuir a barulheira,
 parar de fazer perguntas,
parar de imaginar respostas,
aquietar um pouco a vida
para simplesmente deixar o coração nos contar o que sabe.
E ele conta. Com a calma e a clareza que tem.
.
Ana Jácomo..


O tempo foge!

"Mas é preciso escolher. Porque o tempo foge. Não há tempo para tudo. Não poderei escutar todas as músicas que desejo, não poderei ler todos os livros que desejo, não poderei abraçar todas as pessoas que desejo. É necessário aprender a arte de ‘abrir mão’ – a fim de nos dedicarmos àquilo que é essencial…"

 Rubem Alves

quinta-feira, 26 de março de 2015

O que é a tal felicidade?


A dor de uma saudade...

Trancar o dedo numa porta dói. 
Bater com o queixo no chão dói. 
Torcer o tornozelo dói. 
Um tapa, um soco, um pontapé, doem. 
Dói bater a cabeça na quina da mesa, 
dói morder a língua, dói cólica, 
cárie e pedra no rim. 
 Mas o que mais dói é saudade. 
 Saudade de um irmão que mora longe. 
Saudade de uma cachoeira da infância. 
Saudade do gosto de uma fruta 
que não se encontra mais. 
Saudade do pai que já morreu. 
Saudade de um amigo imaginário 
Que nunca existiu. 
saudade de uma cidade. 
Saudade da gente mesmo, 
que o tempo não perdoa. 
Doem essas saudades todas. 
 Mas a saudade mais dolorida 
é a saudade de quem se ama. 
 Saudade da pele, do cheiro,dos beijos. 
Saudade da presença, 
e até da ausência consentida. 
Você podia ficar na sala e ela no quarto,sem se verem, 
mas sabiam-se lá. 
Você podia ir para o escritório e ela para o dentista, 
mas sabiam-se onde. 
Você podia ficar o dia sem vê-la, 
ela o dia sem vê-lo, 
mas sabiam-se amanhã. 
 Mas quando o amor de um acaba, 
ao outro sobra uma saudade 
que ninguém sabe como deter. 
 Saudade é não saber. 
Não saber mais se ele 
continua se gripando no inverno. 
Não saber mais se ela 
continua pintando o cabelo de vermelho. 
Não saber se ele 
ainda usa a camisa que você deu. 
Não saber se ela 
foi na consulta com o dermatologista 
como prometeu. 
 Não saber se ele tem comido frango assado, 
se ela tem assistido as aulas de espanhol, 
se ele aprendeu a entrar na Internet, 
se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, 
se ele continua preferindo Pepsi, 
se ela continua sorrindo, 
se ele já sabe dançar, 
se ela...continua lhe amando. 
 Saudade é não saber. 
 Não saber o que fazer com os dias 
que ficaram mais compridos, 
não saber como encontrar tarefas 
que lhe cessem o pensamento, 
não saber como frear as lágrimas 
diante de uma música, 
não saber como vencer a dor de um silêncio 
que nada preenche. 
 Saudade é não querer saber se ele está com outra, 
e ao mesmo tempo querer. 
É não querer saber se ela está feliz, 
e ao mesmo tempo querer. 
É não querer saber se ele está mais magro, 
se ela está mais bela. 
 Saudade é nunca mais saber de quem se ama, 
e ainda assim, 
doer. 

Martha Medeiros

Aconchego...

"Há certas horas
em que não precisamos de um Amor
Não precisamos da paixão desmedida
Não queremos beijo na boca.
E nem corpos a se encontrar
na maciez de uma cama
Há certas horas, que só
queremos a mão no ombro,
o abraço apertado
ou mesmo o estar ali,
quietinho, ao lado.
Sem nada dizer.."

William Shakespeare 

Beleza e simplicidade

"тυđσ σ qυє é вєlσ тєŋđє α ѕєr ѕίмρlєѕ. 
αƒίrмαçãσ gєŋєrαlίzαŋтє? 
ŋãσ ѕєί. 
σ qυє ѕєί é qυє α вєlєzα
αŋđα đє вrαçσѕ đαđσѕ cσм α ѕίмρlίcίđαđє.
вαѕтα σвѕєrναr α lógίcα ѕίlєŋcίσѕα qυє ρrєναlєcє ŋσѕ נαrđίŋѕ. 
νίđα qυє ѕє σcυρα đє ѕєr ѕó σ qυє é. 
ѕίмρlίcίđαđє é υм cσŋcєίтσ 
qυє ŋσѕ rємєтє ασ єѕтαđσ мαίѕ ρυrσ đα rєαlίđαđє. 
α ѕємєŋтє é ѕίмρlєѕ 
ρσrqυє ŋãσ ѕє ρєrđє ŋα тєŋтαтίνα
đє ѕєr συтrα cσίѕα. 
É σ qυє é. ŋãσ đєѕρєrđίçα ѕєυ тємρσ 
qυєrєŋđσ ѕєr ƒlσr αŋтєѕ đα ђσrα. 
cυмρrє σ rίтυαl đє єxίѕтίr, 
cσмρrєєŋđєŋđσ-ѕє єм cαđα єтαρα."


Autor desconhecido

quarta-feira, 25 de março de 2015

O que contaram pra gente!

“ Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada “dois em um”: duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém. ”
"Se você ama, diga que ama. Diga o seu conforto por saber que aquela vida e a sua vida se olham amorosamente e têm um lugar de encontro. 
Diga a sua gratidão. O seu contentamento. A festa que acontece em você toda vez que lembra que o outro existe. E se for muito difícil dizer com palavras, diga de outras maneiras que também possam ser ouvidas. Prepare surpresas. 
Borde delicadezas no tecido às vezes áspero das horas. Reinaugure gestos de companheirismo. Mas, não deixe para depois. Depois é um tempo sempre duvidoso. Depois é distante daqui. Depois é sei lá..."

 Ana Jácomo


Uma gota no oceano...

“o que eu faço é uma gota no meio de um oceano, mas sem ela o oceano seria menor.” 

 Madre Teresa de Calcutá

Conviver é uma arte!


"As pessoas estão perdendo a habilidade de dialogar e de conhecer o outro. Elas ouvem, mas não escutam; falam, mas não se deixam conhecer; esbarram-se, mas não se vêem; e uma multidão caminha solitariamente em direção a lugar nenhum. Conviver é uma arte tão sutil quanto a música, a literatura, a pintura ou o teatro e que poucos aprenderam a dominar. Infelizmente, nas escolas não há disciplinas que ensinam a nos relacionar. A dificuldade de entrar no mundo alheio está criando uma geração de pessoas impacientes e distantes. Ao perdermos a generosidade de respeitar diferentes pontos de vista, transformamos a convivência em família, os casamentos e os negócios em verdadeiros campos de batalha, em que o outro passa a ser o inimigo... A competição selvagem, em que valores humanos são destruídos, só vai terminar quando aprendermos a conviver com a adversidade..."

 Roberto Shinyashiki

quinta-feira, 12 de março de 2015

O trem da vida...



Quando nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que, julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco: nossos pais. 
Infelizmente, isto não é verdade.
Em alguma estação, eles descerão e nos deixarão órfãos do seu carinho, amizade e companhia insubstituíveis, mas isto não impede que, durante a viagem, pessoas interessantes e que virão 
a ser super especiais para nós, embarquem: nossos irmãos, amigos e amores inesquecíveis. 
Muitas pessoas tomam o trem, apenas, a passeio. Outros encontrarão nessa viagem, somente, tristezas. Outros, ainda, circularão pelo trem, sempre prontos a ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas. 
Outras tantas passam por ele de uma forma que, quando desocupam seu assento, ninguém sequer o percebe. 
Curioso é constatar que alguns passageiros que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos e somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante a viagem, atravessemos, com grande dificuldade, o nosso vagão, a fim de chegarmos até eles... só que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já haverá alguém ocupando aquele lugar. E assim é a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas... porém, jamais, retornos. 
Façamos, pois, essa viagem, então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando, em cada um deles, os que tiverem de melhor, lembrando sempre, que em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender isto, porque nós, também, fraquejamos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá. 
O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual parada desceremos, muito menos os nossos companheiros de viagem, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado. 
Eu fico pensando se, quando descer desse trem, sentirei saudades... 
Acredito que sim.
Separar-me de alguns amigos que fiz nessa viagem, será, no mínimo, dolorido, 
como deixar meus filhos, fazendo a viagem sozinho. Isto, com certeza, será muito triste, mas, me agarro a esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram... e o que vai me deixar feliz será verificar que eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa. 
Amigo, 
façamos com que a nossa estada, nesse trem da vida, seja tranqüila, que tenha valido a pena e que, quando chegar a hora de desembarcamos, o nosso vazio deixe saudades e boas recordações para todos aqueles que prosseguirem a viagem... 
( Desconhecido)