sexta-feira, 29 de junho de 2012

A pausa é que dá sentido a caminhada!

..as paradas estão por toda a nossa caminhada e por todo o processo. Sem acostamento, a vida parece fluir mais rápida e eficiente, mas ao custo fóbico de uma paisagem que passa. O futuro é tão rápido que se confunde com o presente. As montanhas estão com olheiras, os rios precisam de um bom banho, as cidades, de uma cochilada, o mar de umas férias, o domingo de um feriado...nossos namorados querem "ficar", trocando o "ser" pelo "estar".
Quem tem tempo não é sério, quem não tem tempo é importante. Nunca fizemos tanto e realizamos tão pouco. Nunca tantos fizeram tanto por tão poucos...Parar não é interromper. Muitas vezes continuar é que é uma interrupção.
O dia de não trabalhar não é o dia de se distrair: - literalmente, ficar desatento; é um dia de atenção, de ser atencioso consigo e com sua vida. A pergunta que as pessoas se fazem no descanso é : "o que vamos fazer hoje?", já marcada pela ansiedade.
E sonhamos com uma longevidade de 120 anos, quando não sabemos o que fazer numa tarde de domingo.
Quem ganha tempo, por definição, perde. Quem mata tempo, fere-se mortalmente. É esse o grande "radical livre" que envelhece nossa alegria - o sonho de fazer do tempo uma mercadoria. Em tempos de novo milênio, vamos resgatar coisas que são milenares. A pausa é que traz a surpresa e não o que vem depois. A pausa é que dá sentido a caminhada.

Jairo de Paula - do livro "Desvendando a Vida"

terça-feira, 26 de junho de 2012

De querer se livre...

”Benditos os que conseguem se deixar em paz. 
Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem. Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre.”
 
Martha Medeiros

domingo, 24 de junho de 2012

Comer, Rezar, Amar"

“...passar um tempo sem falar, é uma tentativa de se desvencilhar do poder das palavras, de parar de nos asfixiar com as palavras, de nos libertar de nossos mantras sufocantes.”

"algumas vezes, a tristeza profunda é quase um local específico, uma coordenada em algum lugar do mapa do tempo. Quando você esta nesta selva de tristeza, não consegue imaginar que um dia conseguirá encontrar a saída para um lugar melhor. Mas, se alguém lhe garante que já esteve neste mesmo lugar, e conseguiu sair, isso as vezes traz alento"

Elizabeth Gilbert



Amor desesperado...

"No amor desesperado é sempre assim, não é? No amor desesperado, nós sempre inventamos os personagens dos nossos parceiros, exigindo que eles sejam o que precisamos que sejam, e depois ficando arrasados quando eles se recusam a desempenhar o papel que nós mesmos criamos".

Elizabeth Gilbert

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Abandonando a bagagem...

"Trauma é a bagagem obrigatória que você carrega pela vida. Imagino ser aquela mala onde nos algemamos sem nem saber o que de fato está lá dentro. Há algum tempo comecei a me livrar destas bagagens, atirando-as pela janela durante viagens solitárias. Estar só e conversar com Deus, valeu tanto quanto nascer de novo. Sempre sobram algumas pequenas coisas que não conseguimos abandonar por egoísmo (ou sadomasoquismo). Ontem, mais uma pequena bagagem ficou pra trás, daquelas que nos fazem chorar vez em quando..." 

Camila Heloíse

Saudade dos momentos simples!

Você pode ir embora e nunca mais ser a mesma. 
Você pode voltar e nada ser como antes. Você pode até ficar, 
pra que nada mude, mas aí é você que não vai se conformar com isso. 
Você pode sofrer por perder alguém.
Você pode até lembrar com carinho ou orgulho de algum momento 
importante na sua vida: formatura, casamento, aprovação no vestibular 
ou a festa mais linda que já tenha ido, mas o que vai te fazer falta mesmo, 
o que vai doer bem fundo, é a saudade dos momentos simples: 
da sua mãe te chamando pra acordar, do seu pai te levando pela mão, 
dos desenhos animados com seu irmão, 
do caminho pra casa com os amigos e a diversão natural, 
do cheiro que você sentia naquele abraço, 
da hora certinha em que ele sempre aparecia pra te ver, 
e como ele te olhava com aquela cara de coitado pra te derreter.
De qualquer forma, não esqueça das seguintes verdades: 
não faça nada que não te deixe em paz consigo mesma; 
cuidado com o que anda desabafando; 
conte até três (tá certo, se precisar, conte mais); 
antes só do que muito acompanhado; esperar não significa inércia, 
muito menos desinteresse; renunciar não quer dizer que não ame; 
abrir mão não quer dizer que não queira; 
o tempo ensina, mas não cura.” 

 Martha Medeiros

A morte da coisas...

"Como é difícil assumir a morte das coisas, mesmo as mais moribundas, sobreviventes apenas pelos tubos do apego. Como é difícil arrumar os armários do próprio coração. Ter coragem para se desfazer daquilo que já não nos serve e sabemos que não irá mais nos servir. Crenças. Padrões. Expectativas".

Ana Jácomo

domingo, 17 de junho de 2012

Descansar a alma...

"As vezes é preciso dormir, dormir muito. Não pra fugir, mas pra descansar a alma dos sentimentos. Quem nasceu com a sensibilidade exacerbada sabe quão difícil é engolir a vida. Porque tudo, absolutamente tudo devora a gente. Inteira."

Marla de Queiroz


sexta-feira, 15 de junho de 2012

Simples! mas, feliz...


"No fundo, mesmo lendo tanto, pensando tanto e filosofando tanto, a gente gosta mesmo é de quem é simples e feliz. A gente não se apaixona por quem vive reclamando e amassando jornais contra a parede. A gente se apaixona por esses tipinhos banais que vivem rindo. E a gente se pergunta: que é que ele tem que brilha tanto? Que é que ele tem que quando chega ofusca todo o resto?"

Tati Bernardi


Vida!

“Compreendi que a vida não é uma sonata que, para realizar sua beleza, tem que ser tocada até o fim. Dei-me conta, ao contrário, de que a vida é um álbum de minissonatas. Cada momento de beleza vivido e amado, por efêmero que seja, é uma experiência completa que está destinada à eternidade. Um único momento de beleza e de amor justifica a vida inteira.” 

 Rubem Alves

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Desistir?

"Desistir.... eu já pensei seriamente nisso, mas nunca me levei realmente a sério.
É que tem mais chão nos meus olhos, do que cansaço nas minhas pernas,
mais esperança nos meus passos, do que tristeza nos meus ombros, 
mais estrada no meu coração, do que medo na minha cabeça".

Cora Coralina. 

Nuvens...


"Eu estava no mercado para comprar arco-íris para o meu céu quando uma vendedora me alertou:
- Leva nuvens! Leva nuvens, minha filha, que não tem erro!
No sol quente, ela é sombra. Para a aridez do coração, ela é regador.
No ócio, ela brinca de adivinhação sendo formas variadas.
Leva! Nuvens são camas para quem sonha alto e, no caso de uma queda,
são tapetes, almofadas fofinhas espalhadas pelo chão".

Sabrina Davanzo

domingo, 10 de junho de 2012

Apenas um gesto!

com um pequeno gesto, tudo pode ser tão diferente...tão mais bonito!

Que venha um sonho novo!

"Com o tempo, você analisa que abrir mão de algo muito importante, só se faz quando se tem um motivo maior que esse algo: seja um propósito, uma crença, um valor íntimo, uma obstinação qualquer que te oriente para essa escolha que já se sabia tão dolorosa. É um sacrifício voluntário por algo mais pleno, mais grandioso em Beleza. E, nestas análises, você descobre outras perdas que são positivas: perde-se também a ansiedade, a insegurança e a ilusão. E você aprende a recomeçar agradecendo por vitórias tão pequenininhas… Como quando é noite e antes de dormir você se enche de gratidão: ‘Deus, obrigada, porque é noite e eu tenho o sono… Que venha um sonho novo, então’."

Marla de Queiroz

Arrisque-se!

"A gente se arrisca porque gosta de chorar de vez em quando. E se arrisca mais forte ainda porque gosta de sorrir também, digo eu, que não gosto nem um pouco do verbo prender. Prender o riso. Prender o choro. Prender o grito. Prender o verbo. Faz a gente deixar de ser a gente. Prefiro Dar. Entregar. Partilhar. Entrelaçar."

Vanessa Leonardi

sábado, 9 de junho de 2012

Apenas um passo!

"Um passo, às vezes um único passo, pode demorar um mundaréu de quilômetros.
Tudo bem. O que importa é que quando aconteça seja capaz, primeiro, de nos aproximar de nós mesmos."

Vinícius de Moraes

Meu maior medo!

imagem de Dani Mello
Meu maior medo é viver sozinho e não ter fé para receber um mundo diferente e não ter paz para se despedir. Meu maior medo é almoçar sozinho, jantar sozinho e me esforçar em me manter ocupado para não provocar compaixão dos garçons. Meu maior medo é ajudar as pessoas porque não sei me ajudar. Meu maior medo é desperdiçar espaço em uma cama de casal, sem acordar durante a chuva mais revolta, sem adormecer diante da chuva mais branda. Meu maior medo é a necessidade de ligar a tevê enquanto tomo banho. Meu maior medo é conversar com o rádio em engarrafamento. Meu maior medo é enfrentar um final de semana sozinho depois de ouvir os programas de meus colegas de trabalho. Meu maior medo é a segunda-feira e me calar para não parecer estranho e anti-social. Meu maior medo é escavar a noite para encontrar um par e voltar mais solteiro do que antes. Meu maior medo é não conseguir acabar uma cerveja sozinho. Meu maior medo é a indecisão ao escolher um presente para mim. Meu maior medo é a expectativa de dar certo na família, que não me deixa ao menos dar errado. Meu maior medo é escutar uma música, entender a letra e faltar uma companhia para concordar comigo. Meu maior medo é que a metade do rosto que apanho com a mão seja convencida a partir com a metade do rosto que não alcanço. Meu maior medo é escrever para não pensar.


Fabrício Carpinejar

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Renovar o compromisso com o próprio coração!

"Ela poderia ter passado o resto da vida exatamente ali, esparramada na autopiedade.
(...) Mas a alma, sábia e habilidosa bordadeira de pretextos, quando encontrou brecha, arrumou um jeito de alumiar aquele lugar. Foi então que ela conseguiu enxergar exatamente onde estava com nitidez reveladora e também desconcertante. Fazia tempo, desconhecia o paradeiro do brilho dos seus olhos sem ter feito nenhum movimento para trazê-lo de volta. Estava profundamente infeliz e agiu durante temporadas como se isso não lhe dissesse respeito. Não fazia ideia da vez mais recente em que experimentara satisfação autêntica e até aquele momento sequer havia notado. Deu tanto poder aos outros para interferirem na sua alegria que esvaziara o próprio até a exaustão. Afastou-se tanto do coração e do seu desejo que encolhera-se, inerte, diante de cada golpe sofrido sem contar com a própria proteção. Esforçou-se de tal forma para se tornar interessante para o outro, que perdera o interesse por si mesma. Os sucessivos desapontamentos tentaram lhe dizer que não era merecedora de coisas que faziam toda diferença, e ela acreditou.
Na clareza que liberta, ao lembrar ser capaz de fazer escolhas pela própria vida, escolheu sair daquele lugar, passo a passo, gentileza a gentileza, no tempo que fosse necessário. Agora, poderia contar de novo consigo mesma. Renovar, gesto a gesto, o compromisso com o próprio coração. Sentir-se responsável pela própria felicidade com a confiança de quem recorda o que realmente mais lhe importa. E com uma vontade toda nova de, primeiro, desfrutar a dádiva da própria lindeza e do próprio amor."

Ana Jácomo

Pela paz!


"Não há paz sem ter havido guerra.
Não há vitória sem luta.
Não se conquistam louros sem se ter lutado e vencido.
Paz é a companheira ideal da criatura.
Mas dificilmente é conquistada, porque queremos possuí-la sem merecê-la.
Não há guerra mais nobre e edificante do que a que se trava para obtenção da paz interna, da única e verdadeira paz.
A paciência de se estudar a si mesmo, a vigilância constante, o cuidado com os menores gestos, palavras, pensamentos são o que pouco fazemos, por isso somos levados a trancos e barrancos, pelas estradas obscuras e inseguras da vida".

Cenyra Pinto

Clarear, clarear, clarear...

"A gente carrega dentro do peito todos os sonhos do mundo.
Isso é tão bonito, tão encantador, tão cheio de esperança.
Acho que é isso: precisamos da esperança, precisamos acreditar naquela fagulha que fica lá dentro dando a entender que tudo vai clarear, clarear, clarear."

Clarissa Corrêa

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Tem coisa que não volta...

“Tem coisa que não volta, por mais que a gente queira.
Você pode até tentar voltar o disco, repetir a música, 
insistir na letra, cantar o mesmo refrão por mil e um minutos, fechar os olhos.
Tem sentimento que não volta. Mesmo que você se esforce, recorde, 
tente voltar a página, refrescar o coração. Alguns sentimentos são bem pontuais:
chegam, esperam pra ver se devem ficar e decidem partir ou continuar.”

Clarissa Corrêa

sábado, 2 de junho de 2012

O amor dos homens...


Se o homem realmente gosta, ele vai até o inferno por você. Ele vai sim, e ainda abraça o capeta se for preciso. Sabe por quê? Porque homens são previsíveis, se eles querem eles querem, se não querem, não querem. A raça dos homens não é complexa igual a nós mulheres, que sempre temos dúvidas, que sempre analisamos, pensamos, colocamos mil problemas e tal. Homem é tudo igual. Eu sei é clichê, mas é a mais pura verdade. Quando o cara quer, não tem DISTÂNCIA, problemas, família, trabalho, tempo, futebol, estudo, mãe, unha encravada, barba por fazer, celular sem bateria, chuva, temporal, falta de dinheiro que o impeça de estar com você. É simples. É a realidade.
Tati Bernardi

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Dentro de um abraço!

‎"Onde é que você gostaria de estar agora, nesse exato momento? 
(...) Meu palpite: dentro de um abraço. Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para um adolescente com medo, para um doente, para alguém solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tic-tac dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo o que você pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve. Que lugar melhor para um recém-nascido, para um recém-chegado, para um recém-demitido, para um recém-contratado? Dentro de um abraço nenhuma situação é incerta, o futuro não amedronta, estacionamos confortavelmente em meio ao paraíso. 
(...) Recomendo fazer reserva num local aconchegante e naturalmente aquecido: dentro de um abraço que te baste."

Martha Medeiros